Tive a felicidade de tratar esta paciente e fazer parte da vida deste casal tão querido e que desejo toda felicidade do mundo! Obrigado por confiarem em mim!!!
Tenho 31 anos, sou casada há 6 anos e desde então sofria com o vaginismo.
Comecei a namorar o meu esposo com 19 anos. Venho de uma família tradicional, evangélica, então o conheci na igreja. Aproveitamos muito nossos 6 anos de namoro dentro do propósito que eu tinha comigo, que era de casar virgem. Foram anos de curtição, caricias, mas sempre esperando o grande momento. Pois bem, nos casamos em abril de 2008. Que Felicidade !!! Partimos ansiosos para nossa lua de mel e …. NADA ! Tentamos ter relação todos os dias, mas não consegui nenhum tipo de penetração. Fiquei super chateada nos primeiros dias, mas depois ele me tranqüilizou dizendo que devia ser por conta do stress, do cansaço e tudo mais.
Bom, voltamos de viagem e no decorrer do tempo fomos tentando a penetração. E os dias se passaram, meses, anos …. Depois de tantas tentativas, frustrações, choro … eu não conseguia explicar o que acontecia comigo no momento da relação. O medo, a insegurança, a repulsa eram coisas incontroláveis. O desejo pelo meu esposo era enorme; o tesão e excitação sempre surgiram, mas não eram suficientes para me levar ao sexo com penetração.
Passado alguns anos, em uma das conversas que tivemos após mais uma tentativa frustrada, chegamos a conclusão que o meu problema não era algo que surgiu com o casamento, mas algo que já fazia parte da minha vida muito antes de “iniciar” uma vida sexual. Eu sempre tive medo de ir ao ginecologista. Não podia permitir que ele encostasse na minha vagina, ou pior, que introduzisse se quer um cotonete para colher exames. Nunca consegui usar um absorvente interno, enquanto observava minha irmã introduzindo-o sem problema algum. Eu olhava minha vagina pelo espelho e pensava: “Não existe nenhum “buraquinho” aqui que possa ser introduzido alguma coisa, muito menos um pênis”.
Ahh meu Deus !!! Meu problema era pior do que imaginava !!! O que fazer ???
Fui a uma consulta com uma ginecologista, e quando disse que era virgem, ela falou: “Ahh, mas você precisa aproveitar a vida. Relaxa mais. Você é nova. Vai conseguir fazer tudo certo”.
Relaxar ???? Como isso era possível ??? Minha vagina travava de tal forma que eu falava para o meu esposo que nem uma britadeira passaria por ali (rsrs só um pouquinho de exagero … mas meu esposo é capaz de confirmar). Não sabia mais como agir. Até pomada anestésica eu usei. Mas obvio que não adiantou. Me sentia a pior das mulheres, humilhada, com baixa-estima … observava garotas bem mais novas comentando sobre suas experiências sexuais, e eu não era capaz de passar essa fase.
Sempre pesquisei sobre virgindade na internet, e este foi o meu erro. Procurava de forma errada. Queria saber como fazer para que a “primeira vez” de uma mulher não doesse. Claro que nenhuma das respostas me ajudavam, porque não era esse o X da questão.
No final do ano passado, confesso que meu casamento já estava desgastado. Já havia prometido tantas vezes ao meu esposo que encontraríamos uma solução, mas na pratica nunca saíamos daquilo. Foi aí que comecei a buscar por todo e qualquer tipo de informação na internet. Qualquer assunto que tivesse relacionado com a minha história. E que surpresa eu tive !! Descobri que varias mulheres tinham o mesmo problema que eu; VAGINISMO. Li e re-li todo o conteúdo que achei; blogs de ex-vaginicas, entrevistas, depoimentos, opções de tratamentos, etc. Decidi então enfrentar minhas barreiras e marcar uma consulta para avaliação.
Contei com o apoio de um casal de amigos (os únicos que sabiam do meu problema, pois jamais tive coragem de contar pra ninguém). Eles foram maravilhosos, me incentivando e dando total apoio nesse primeiro passo. Fui com a cara e com a coragem. Pra ser sincera, não sei nem como cheguei no consultório aquele dia. Estava nervosa e com muito medo. Mas definitivamente, Deus havia colocado um “anjo” em minha vida pra que eu fosse curada desse problema. Conversei muito com a Dra. Débora até que ela disse: “vou te examinar para saber como podemos tratar do seu problema !” Então pensei: “Como assim examinar ?” Pois bem ….. ela foi única !! Uma profissional sem igual. Conseguiu introduzir o dedo sem que eu sentisse absolutamente NADA. Até me mostrou pelo espelho que isso era possível. Neste dia até sonhei com este fato; claro, porque não conseguia acreditar no que tinha visto.
Iniciei o tratamento muito empolgada. Comecei a ver uma luz no fim do túnel. Vou até confessar que não fui uma paciente exemplar com relação aos exercícios diários, mas sempre que podia me dedicava ao máximo. Bom … depois de 2 meses fui liberada para tentar a primeira relação com meu esposo. Quando conseguimos finalmente “consumar” nosso casamento, eu não acreditei. Achei que alguma coisa ainda tinha dado errado. Questionei se realmente tiPnha acontecido a penetração porque foi difícil de “cair a ficha”. Parecia mentira. Pedi pra que ele me mostrasse com o espelho ou que fotografasse os próximos momentos para que eu não tivesse mais duvidas. Mas realmente eu havia conseguido a penetração !!!
É bem verdade que as “preliminares”, o sexo oral e tudo aquilo que costumávamos fazer para suprir a penetração, era muuuito agradável, e não posso abrir mão. Acho que criei muita expectativa com esse momento, e no fim ainda preciso me adaptar a esta nova realidade.
Hoje, depois de 6 anos de casada, tenho vivido experiências ótimas. Claro que não posso deixar de agradecer ao meu esposo por toda a paciência, carinho, amor, cumplicidade e respeito que teve por mim até aqui.
E por fim, a “mágica”, que também é fisioterapeuta, educadora sexual, “psicóloga”, amiga, confidente, e que tem o dom de ajudar tantas mulheres a vencer o vaginismo. Dra. Déborá, profissional incontestável !!!
Não sei dizer o porquê de tantas barreiras que temos que superar; só sei que Deus nunca nos desampara, pois, um versículo que sempre tenho comigo é: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam” (Romanos 8:28).
DEPOIMENTO – ESPOSO
O que dizer … ?
Foram 6 anos até nos casarmos. Até então não havíamos nos relacionado sexualmente. Ela era virgem, seu sonho era se casar como tal e sempre respeitei isso.
Enfim … nos casamos; viajamos à tão esperada lua de mel, e na hora “H” … NADA ! Percebi que ela sentia dor e resolvemos não continuar. Realmente devia ter alguma “porta de aço” ali, e nem fazendo todo o esforço eu conseguiria romper essa barreira. Ela então continuava virgem e eu continuava na seca.
Mais 6 anos se passaram entre tentativas, brigas e uma certa inconstância conjugal. No final, eu sempre falava que isso não era tudo e que um dia aconteceria naturalmente. Só que esse dia nunca chegava e eu e meu “amigão” continuávamos a ver navios.
Foi então que depois de algumas pesquisas, fomos apresentados ao vaginismo. Algo que só ouvia falar e nunca imaginava que aconteceria conosco. Mas esse problema era real e tínhamos que encarar. Minha esposa então começou seu tratamento com a Dra. Débora, (minha fada madrinha que surgiu em minha vida para me socorrer e realizar nosso desejo) .. e confesso que acompanha-la nas primeiras sessões foi desafiador. É estranho expor sua intimidade e falar sobre algo tão sério. Mas ao mesmo tempo, trazia um certo alivio ter a certeza de que estávamos no caminho certo.
Pouco a pouco retomamos nossa cumplicidade, fomos nos tornando mais íntimos, e enfim, graças a Deus primeiramente, e logicamente a sensacional Dra. Débora, fizemos amor pela primeira vez.
O vaginismo agora faz parte do passado, porque podemos dizer que superamos este obstáculo !
Então … o importante é que NÃO desistam. Apoie e seja parceiro de sua amada ! Não é fácil, “mas se não sabe brincar, não desce pro play” ! Ela vai precisar de um homem de verdade ao seu lado, e só aceite esse desafio se for realmente este homem. Se você amar de verdade essa mulher, certamente chegarão ao fim desta jornada plenamente satisfeitos.
O amor supera tudo, então, AME !!!