Olá pessoal! Hoje vim falar da importância do tratamento psicológico para se vencer o Vaginismo ou outras disfunções sexuais.
Nem sempre só a fisioterapia consegue tratar a paciente que tem Vaginismo, aqui na Clínica tratamos de toda parte muscular do assoalho pélvico, conjunto de músculos de suma importância para a vida sexual para as mulheres. É esse conjunto de músculos que sofre uma forte contração involuntária estreitando o canal vaginal causando dor na penetração, seja do pênis, espéculo, ou de um absorvente interno.
Uma vez que tratamos somente da parte fisiológica muscular, sempre indicamos o acompanhamento psicológico por uma profissional que conhecemos e confiamos no trabalho, esta escolha pode fazer toda a diferença no tratamento.
Aqui na clínica encaminhamos para a psicóloga Natália Martin, que sei que é uma profissional muito competente, por isso convidei-a para escrever este texto para vcs entenderem um pouquinho de como a psicologia pode te ajudar.
Obrigada Natália por cuidar tão bem de nossas pacientes!
“Todos nós temos um corpo e uma “mente” que juntas nos fazem ser quem somos. Quando ficamos doentes muitas vezes observamos que algo em nosso corpo está com problema e buscamos tratamento com o especialista no assunto. O que acontece muitas vezes é que o nosso emocional também está adoecido e nem sempre sabemos o que fazer.
Isso ocorre quando a questão da dor na relação sexual ou a impossibilidade de ter uma relação com o parceiro não se apresenta apenas por aspectos físicos da mulher. Muitas vezes além de aspectos físicos também é observado que “a cabeça” também atrapalha muito para que a mulher possa ter uma vida sexual ativa e satisfatória.
Infelizmente ao perceber que tem outras questões atrapalhando sua vida sexual que não é somente física, muitas mulheres acabam ficando mais ansiosas e frustradas.
O que penso ser importante é as mulheres saberem que é possível sim ter um acompanhamento psicológico para entenderem o que acontece, buscando sempre uma melhor qualidade de vida. Esse tratamento pode ser focado nestas questões e realizado de forma mais breve, conforme avaliação do profissional.
Ninguém escolhe ter essa dificuldade e isso não é culpa da mulher que tem vaginismo, o que existe por trás disso é um funcionamento mental que nem sempre nos damos conta em nosso dia a dia. A vida no modo automático a que nos submetemos nos tempos atuais acaba muitas vezes nos distanciando de nós mesmos. Desta forma, um espaço de escuta e fala como na psicoterapia pode auxiliar e muito a essa mulher se conhecer e se perceber melhor.
O medo não significa a mesma coisa para todos, nem a dor. Desta forma é de suma importância procurar um psicólogo que tenha condições de acolher todas essas angústias para que um trabalho em conjunto possa ser iniciado, possibilitando a essas mulheres não desistirem de se perceberem enquanto mulheres e não abrirem mão do sexo em nenhuma fase de suas vidas.”
*Natália é formada em Psicologia pela Unesp e Especialista em Psicoterapia Psicanalítica pela USP e atende em consultório localizado na Rua Botucatu, 591, Conjunto 174, Vila Clementino
Telefone:(11) 2366.7399