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Não esperem como eu fiz. Sete anos de dor curados em dois meses!!

A minha existência adulta está hoje dividida: antes da Dra. Rose e depois da Dra. Rose! A dispareneumia invadia todos os aspectos da minha vida, porque não é “só” o sexo… Essa disfunção afeta muito mais que isso: a nossa autoestima, confiança, a sensação de ser uma mulher completa. Prejudica o relacionamento, mesmo que o parceiro seja compreensivo. O sexo pode ser também uma expressão do amor e da intimidade. Então, para mim, era um problema grave.

Mas vamos do início! Era 2013. Eu namorava há três anos. Sentia dor no começo da relação, mas depois, durante, ela passava e eu não sentia mais nada até o final. Achava que era normal sentir dor no começo, que sexo era assim mesmo. No entanto, nesse ano de 2013, uma vez eu senti a dor do início ao fim! Ela simplesmente não passou. Nossa, aí comecou a busca! Dói só de lembrar.

O primeiro ginecologista por quem passei fez todos os exames e me informou que eu estava normal, que não poderia me ajudar, porque meu problema era psicológico. Saí de lá desolada! Como assim, não era só passar uma pomada?! Problemas psicológicos podem levar anos para que sejam solucionados. Comecei, então, uma saga por muitos ginecologistas. Queria um diagnóstico preciso. Mas só recebia indicações psiquiátricas. A última me disse para “encher a cara”, sim, com esse vocabulário grosseiro mesmo.

Aí, a certa altura, eu desisti. Aceitei que essa seria a minha vida. Em viagens, as mulheres do grupo falavam sobre a frequência sexual de cada uma e eu sorria, dizia “cultivar a discrição” como desculpa para não falar nada. Fingia que estava tudo bem. Só que não estava. A minha frequência sexual tinha caído muito. Para mim era impossível transar duas vezes no mesmo dia. Minha vagina ficava inchada e machucada (eu tinha fissura todas as vezes). Na verdade, eu precisava de dias para me recuperar. Era um sofrimento que afetava também a minha autoimagem como mulher. Claro, somos muito mais, mas quem me lê sabe do que eu estou falando. A gente quer ser tudo e deve poder ser. Até a minha felicidade, sim, não é exagero dizer, estava minada. Ter uma disfunção é algo que a gente não esquece. Fica lá no fundo da sua cabeça, martelando. Eu sofri muito, mais do que me deixava perceber conscientemente.

Então, conheci a clínica da Dra. Débora Pádua procurando informações no Google. Achei o blog, devorei os depoimentos, chorei com as mulheres que os escreveram. Pela felicidade delas e pela sensação de cumplicidade. Eu entendia tudo o que elas haviam sentido. Era eu, poderia ter sido eu relatando tudo aquilo.

A esperança foi tão grande que me agarrei a ela! E me agarrei tão firmemente que não me permiti soltá-la. Fiquei sete anos “namorando” o blog. Sete anos sabendo da existência da clínica. O medo que eu sentia –  de fazer o tratamento e não dar certo – me paralisava. O que eu faria sem a esperança de, um dia, me ver curada? Era o que eu me perguntava sempre. Isso me impediu de buscar a ajuda de que eu tanto precisava. Hoje, me arrependo, tanto sofrimento poderia ter sido evitado. Mas, enfim, estou aqui, escrevendo eu mesma o meu tão sonhado depoimento! Nada pode abalar essa felicidade. Acabei de ter alta, gente!!

Pois bem, voltando, eu estava travada no medo da desesperança. Então, certa tarde, na casa de uma grande amiga, ela disse: “Chega! Você vai ligar para essa clínica agora! Eu estou com você (e segurou a minha mão com firmeza!).

Era o que eu precisava, depois de sete anos, não dava para esperar mais. Eu liguei. E no meio da ligação, de repente, explodiu um choro da minha garganta que eu não pude segurar! Me dei conta do que eu estava fazendo comigo. Afundando as minhas emoções, fingindo que elas não estavam lá.

Eu fui, essa amiga quem me acompanhou na minha primeira consulta, inclusive – ela foi uma ajuda indispensável. E que decisão assertiva!! Comecei o tratamento com certo ceticismo, a gente tem medo de acreditar. Mas a doutora Rose foi tão linda, tão empática e atenciosa que eu fui me acalmando. Ela parecia ler a minha mente!! Sabia de tudo: o que eu sentia nas relações, o tipo de dor, o que eu sentia internamente também. Cada detalhe técnico e humano. Tudo! Parecia uma deusa onipresente e onisciente! Hahah. Ela me convenceu, me amparou, me escutou. Finalmente alguém havia me escutado.

 

E fomos trilhando o caminho juntas. Ela me recebia sempre com um sorriso no rosto, me ouvia em todas as sessões e me ouvia para entender, acolher, explicar e orientar. Nunca para responder, apenas. Sabem? Aquelas respostas prontas de médico? Nunca. Ela sempre esteve verdadeiramente presente. Nunca poderei agradecer o que a Doutora Rose fez por mim, viu, doutora? Como eu aprendi com você! O tratamento vai muito além do que a gente acha, eu aprendi tanto sobre mim mesma!

E foi maravilhoso.

A primeira vez depois da alta foi incrível! Além de não sentir dor durante a relação eu também não senti no começo!!!! Na verdade, eu não senti dor em momento nenhum! Não sabia se ria ou se chorava!! hahaha

Consegui fazer todas as posições que para mim eram impossíveis antes do tratamento. Eu me senti tão confiante, tão cheia de mim!

Deixo o meu muitíssimo obrigada à Doutora Débora Pádua, por disseminar conhecimento e lutar pelo prazer e autoconhecimento feminino (e muito mais! rs); às meninas, por serem todas sempre tão acolhedoras e à minha querida Doutora Rose, por ter sido tão presente, tão atenta! Tão técnica durante o tratamento, mas também tão humana. Que profissional e pessoa! s2

Às mulheres que por acaso me lêem, estamos juntas, não esperem tanto quanto eu. Dá certo, gente!!! Força a todas e um grande abraço!

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