Nós, Tamires e Matheus, queremos compartilhar nosso depoimento sobre nossa jornada de quase 6 anos convivendo com o vaginismo, esperamos que nossa história inspire outras mulheres a irem em busca de seus tratamentos.
Nos conhecemos em 2015, nessa época éramos muito novos, tínhamos 15 e 17 anos, então transar não era algo urgente para nós, durante o primeiro ano de namoro fazíamos “brincadeiras” sexuais, porém sempre que a penetração parecia ser o próximo passo … nos satisfazíamos de outras maneiras.
No segundo ano de namoro as coisas começaram a mudar, a necessidade de ter a relação sexual completa começou a ser maior para ambos. Começamos nossas tentativas, todas elas frustradas, parecia que tinha uma parede no canal vaginal que impedia a entrada do pênis.
Muito jovens e desinformados, começamos a desanimar com a nossa vida sexual. Meu parceiro começou a se sentir triste, o pensamento dele da época era “ela não me ama o suficiente para fazer sexo”, por outro lado eu me sentia menos “mulher” por não conseguir transar.
Ele em um desses surtos onde duvidava do amor sincero, começou a buscar na internet os sintomas que eu apresentava, para nossa surpresa não demorou para a palavra VAGINISMO surgir, seguido de sua solução Clínica Débora Pádua. Naquela época a clínica era apenas em SP e apesar de morarmos no interior do estado, parecia muito longe da nossa realidade financeira.
Confesso que demorei uns dias para ACEITAR que provavelmente tinha essa disfunção, era “muita” informação para assimilar de uma vez. Tivemos a ideia de fazer um teste, lubrificamos e tentamos introduzir um cotonete no canal, senti uma dor horrorosa, muita ardência e chorei. Percebemos que realmente isso não era normal, precisávamos de ajuda profissional.
Somos um casal sem peso religioso dentro de casa, nunca fomos expostos a um ambiente de tabu a respeito ao sexo, então realmente foi bastante confuso toda essa realidade.
Não tínhamos emprego naquele momento, então, ficamos de 2016 a 2020 nos ajustando a essa realidade em nossa vida sexual, agora entendíamos que não era falta de amor ou algo de outro mundo.
Quando conseguimos nos estabilizar melhor financeiramente tivemos a felicidade de receber a notícia de que a Clínica Débora Pádua iria abrir uma unidade em Campinas, o que era de fato muito mais vantajoso para nós.
Marcamos a consulta avaliativa e iniciamos o tratamento de 15 sessões com a fisioterapeuta incrível, amável e parceira Dra Elaine. A cada sessão ela encorajava os exercícios feitos durante cada semana, manipulava a musculatura e conversava com a gente nos fazendo entender que tudo ia ficar bem, sempre disposta a ajudar o máximo possível mesmo fora do horário de trabalho.
Tivemos alta em fevereiro desse ano (2021), depois de duvidar se um dia conseguiríamos bancar nossos custos, depois de ouvir tantas pessoas falarem que era só “relaxar” que conseguiríamos, que era frescura e etc. Hoje nossa vida sexual possui a penetração como mais uma opção, é natural, não é mais algo que remete a dor e sim prazer e cumplicidade.
Evoluímos muito como casal, nosso relacionamento se torna a cada dia melhor! Com certeza isso graças a cura trazida pela inesquecível Dra. Elaine e Dra. Débora, a vocês nossa eterna gratidão e carinho, e a todas as mulheres que enfrentam essa disfunção tão ingrata que afeta tanto nossa autoestima e saúde, nossa total empatia e encorajamento a procurar ajuda! O vaginismo não é e nunca será mais forte que nós!